terça-feira, 29 de junho de 2010

Mística

À Luiza Elba


Fatal e simplória.
Não sei se essa é uma definição que se encaixa perfeitamente à Luiza.
Na verdade, nunca soube decifrar os códigos dela. Não sei quando ela é menina, não sei quando ela é mulher.
Talvez ela se divida em duas: Luiza, e Elba, assim como seu nome.
Pode ser que ela seja só Luiza, aquela mais doce, espontânea, ingênua, que faz a gente se achar um velho de noventa e poucos anos. Aquela que é péssima em mímica, em problemas de lógica e em redação, mas que é ótima em me fazer sentir de casa, em demontrar o seu amor puro e sua sinceridade sem pedras.
Quem sabe ela é só Elba, de lábios insinuantes, cinismo aparente e olhar convidativo. Aquela que parece ter uma senha que ninguém nunca conseguiu descobrir e cujos pensamentos devem ser, no mínimo, constrangedores...

Luiza deve ser a flor.
E Elba o espinho.

Mas o que fazer se Luiza e Elba são uma só?
Como reagir diante de uma contradição tão grande que dá vida a um ser indecifrável, instigador - e mágico?
Só se pode amá-la.
Amar cada piada que se torna chata quando ela não entende.
Amar as tardes de sorriso quando ela, quase à força, me faz engordar comendo besteiras.
Amar cada filme, cada música, cada momento compartilhado.

Nada mais posso fazer a não ser esperar por cada abraço forte.

Luiza Elba.
Uma, duas, mil.
Pra mim não importa de quantas maneiras ela pode aparecer.
Só importa a certeza de que todas, dentro dela, são reais e verdadeiras e que é muito, muito bom estar perto dela e ter a oportunidade de descobrir quando ela é mulher coco, flicts ou uma das panteras,letal.

E, seja quem ou o que ela for, é adorável;
Exatamente como é.

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