João Bosco
Início de uma nova jornada. Novos planos, novas conquistas, vida nova talvez.
Muitos rabiscos de declarações que nunca foram feitas por falta de coragem; muitas dietas de emagrecimento a curto prazo; muita esperança brilhando no olho.
Certamente o mundo seria melhor se todos carregássemos conosco esse quê de despedida, essa vontade enorme de sentir e de se sentir.
Hoje várias listas estão sendo feitas.
Pedidos pra santos diversos.
Orações, promessas.
Um turbilhão de pensamentos bons e sorrisos escancarados.
Muita comemoração.
Eu também tenho feito minhas listas, de cabeça. Listas do que há de vir e do que já foi.
Em 2010 eu chorei muito. Chorei de alegria e de tristeza.
Desejei desesperadamente estar do lado de pessoas que estavam longe.
Quis abraçar minha mãe e ser tratado como uma criança. E quis tomar atitudes maduras e severas também.
Aprendi a diferença entre thriller e terror.
Conheci uma humanidade que eu não esperava. Gente sem água encanada, sem esgoto, sem energia elétrica. Sem comida.
Convivi com pessoas fantásticas por curto tempo, até que elas simplesmente voaram. E nem por isso deixaram de ser maravilhosas.
Lembrei de amigos antigos que não são mais amigos.
Do cara ruivo, da menina do nome original.
Voltei a conviver com amigos antigos e amores eternos.
Em 2010 eu aprendi que amor não nasce quando a gente quer.
Decepcionei gente que me amava e pensei ter descoberto a cura pro coração partido.
Até que os pedaços aumentaram.
Estive com eles e elas.
Estive sozinho também.
E hoje estou com uma sensação maravilhosa de dever cumprido.
E com planos, objetivos e sonhos de papel machê colorido.
Olhando as estrelas e pedindo ao tempo, como sempre faço.
Pedindo ao tempo, e a Deus.
Que esse novo ano traga tudo o que me falta, sem levar o que eu já tenho.
Feliz Ano Novo.